terça-feira, 14 de abril de 2009

Empedernida em negação

(a foto típica: o grande "c'a ganda seca isto" e o pequeno "bora lá curtir")


Os meus filhos têm uma capacidade imensa de serem totalmente diferentes... especialmente no feitio.

O pequeno tem uma alegria de viver dentro dele, brinca com o ritmo da vida com um à vontade de fazer inveja a qualquer um e consegue possuir um carinho imenso no seu mini-coração... que me deixa derretida e incrédula por ter tanto e tão pouco de mim ao mesmo tempo.

O grande tem desce pequenino uma habilidade sarcástica para birras e amuanços, chora com 10 anos tal qual um recém nascido... porta-se lidamente com as outras pessoas, mas em casa tem a pretensão que já tem autoridade e que pode exigir sem dar nada em troca. Pode até ser a fase pré-adolescente, mas este meu filho sempre foi dado a esta birras. Ele consegue perceber o meu ponto de vista depois de eu calmamente lhe explicar o porquê de não lhe comprar isto ou aquilo, mas isso não faz desaparecer o amuanço, nem o ar de "desgraçadinho". Está a crescer em altura mas continua um menininho que também gosta de miminhos. Este meu filho sou eu cuspida e escarrada (como eu costumo dizer).

Conforme o corpo deles vai crescendo, deixando de me caber nos braços, no cólo, nas cavalitas, e vou começando a ter uma conversa mais crescida com eles.
A melancolia do crescimento faz-me esquecer do amor em miminhos que eles continuarão sempre a precisar.

Sempre fui muito fria nos meus gestos e palavras, quente no coração, mas sem capacidade física para o demonstrar.
Falta de mais toque físico, talvez.

Tenho dificuldade em abraçar, em beijar, em demonstrar afecto
Não tenho reacção emotiva ou de reconforto quando tenho a meu lado alguém adulto a chorar.

Tenho me educado e reeducado desde que alcançei a maternidade.
Batalho contra esta frieza.

Ter um filho extrovertido nas suas emoções fez-me ver a facilidade da "coisa".
O Afonso abraça forte quem gosta com o mesmo à vontade de quem estende a mão para cumprimentar.
As pessoas surpeendem-se com a reacção dele e isso faz-me pensar que, hoje em dia cada vez mais, nos esquecemos do lado humano de nós mesmos, da importância do carinho e de o demonstrar.
Ter tido a benção de ser mãe deste vulcãozinho de amor fez-me sim uma pessoa melhor.

1 comentário:

Ana disse...

seja lá o que digas que és e seja la o que eles forem,eu tenho a certeza de 2 coisas: eles adoram-te como mae! e ês a melhor mae do mundo!

só isto vale TUDO!
beijinhos!
ana e susaninha